A encantadora de baleias

O filme A Encantadora de Baleias é baseado na lenda dos Maoris. De acordo com a lenda, há milhares de anos a canoa de Paikea virou em cima de uma baleia e ele, conseguiu guiar essa baleia até um local onde poderia viver com seu povo. A tradição dizia que o primeiro filho do chefe da tribo, que tinha que ser homem, seria considerado o descendente de Paikea e, assim, o líder espiritual do povo, o encantador de baleias. Um dos enfoques do filme é o drama passado por muitas tribos, atualmente: dar continuidade aos costumes e tradições antigas.
O que acontece no filme é que o chefe da tribo não tem um filho, e sim uma filha, Paikea. No nascimento de Pai, seu irmão gêmeo e sua mãe morreram durante o parto. A partir do momento em que ela nasce, ocorre toda uma rejeição da tribo, principalmente, por parte do avô da menina, que acredita que ela foi/é responsável por acabar com a tradição e cultura da tribo. Seu avô, Koro, se sente na necessidade de encontrar um novo líder para sua tribo, uma vez que seus filhos seguiram caminhos diferentes e não estavam preocupados em seguir com a tradição.
O avô cria uma escolinha, especialmente, para os meninos onde irá repassar todo o seu conhecimento sobre a cultura, valores e crenças da tribo, para que dali possa surgir um novo líder. A menina, Pai, tenta participar da escolinha e seu avô não permite, muitas vezes, humilhando-a. Porém, apesar de toda retaliação do seu avô, Pai não desiste e tenta assistir as aulas escondidas e treinar sozinha. Ela tenta quebrar com os dogmas da sua cultura a todo custo para conseguir a atenção de seu avô. Boa parte da sua força de vontade vem da sua avó, a qual passou a apoiar a menina e se fosse necessário, até discutia com o marido para defender Pai.
Pai supera todos os meninos da tribo nos rituais locais, e mesmo assim o seu avô continua a não reconhecer o seu talento. Somente quando ela quase morre na tentativa de salvar as baleias encalhadas, consideradas sagradas para o povo, o progenitor a