Psicologia e políticas públicas
Introducao
A psicologia tem um potencial transversalizador das práticas sociais e institucionais capaz de
contribuir para invenção de modos de andar e afirmar a vida, e os psicólogos têm exercido, cada vez
mais, a referida capacidade tanto na saúde coletiva quanto na desinstitucionalização da loucura.
Conceituando políticas públicas “como ações, programas, projetos, regulamentações, leis e normas que o Estado
desenvolve para administrar de maneira mais equitativa os diferentes interesses sociais” (Almeida, 2001), abrangendo
e organizando a dimensão coletiva de uma determinada sociedade, situamos o Sistema Único de Saúde
(SUS) como uma das políticas públicas mais férteis para a superação de iniqüidades de nosso país.
O SUS foi concebido no contexto histórico de democratização do país, no qual o desafio da
construção de viabilidade de controle da sociedade sobre o Estado é vigente. Controle que exige
pessoas capazes de protagonismo, de exercício de cidadania e autonomia, capacidades a serem
desejadas e conquistadas por parcelas significativas da sociedade.
propostas de distribuição de poder (políticas) geradoras de empoderamento, de valor, de multiplicidade
de processos de subjetivação de pessoas até então descriminadas por questões de gênero, de etnia, de
patologias, de classe social. Propostas as quais necessitam de organizações e métodos democratizantes,
participativos, includentes, inovadores para terem suporte e consistência.
Para tanto, há necessidade de propostas de distribuição de poder (políticas) geradoras de empoderamento, de valor, de multiplicidade
de processos de subjetivação de pessoas até então descriminadas por questões de gênero, de etnia, de
patologias, de classe social. Propostas as quais necessitam de organizações e métodos democratizantes,
participativos, includentes, inovadores para terem suporte e consistência.