A Empresa Supereficiente
Após acabar com o desperdício das operações, surge agora um desafio ainda maior para as empresas: dinamizar os processos compartilhados.
Depois de vencer duras batalhas nas várias guerras de produtividade travadas ao longo dos últimos dez anos, a maior parte das empresas parece estar muito satisfeita com o enxugamento de suas operações. E com razão. Os processos foram reformulados, reduziram-se os custos indiretos e foram eliminadas as atividades supérfluas. E mais: houve incremento na qualidade dos produtos e serviços, pondo fim a erros e informações confusas. Foram também derrubadas as divisões que existiam entre os departamentos de uma mesma organização, permitindo que as pessoas trabalhassem juntas e se comunicassem livremente. Em suma, as empresas são hoje um exemplo de eficiência.
Mas sabe de uma coisa? Tudo isso é só o começo.
Embora seja verdade que as empresas fizeram um ótimo trabalho dinamizando seus processos internos, também é verdade que os processos que partilham -- e que demandam interações com outras empresas -- continuam em grande parte em estado caótico. Pense, por exemplo, em seu processo de gestão de compras (o procurement de sua organização). Ele nada mais é que a imagem especular do processo de execução de pedidos do seu fornecedor, com igual quantidade de tarefas e de dados. Quando, por exemplo, um comprador de sua empresa preenche um formulário de requisição, ele faz basicamente o mesmo trabalho que o funcionário do fornecedor encarregado de receber o pedido e de processá-lo. Contudo, não há nenhuma -- ou há muito pouca -- coordenação entre os dois processos. Mesmo que você e seu fornecedor compartilhem seus dados eletronicamente, o trabalho em si continua a ser executado isoladamente por causa da profunda divisão existente entre uma empresa e outra.
A falta de coordenação entre os vários processos comuns de uma organização acaba duplicando um número enorme de atividades. A mesma