A emergência do pensamento social em bases científicas
Nos seus inícios, no século XVI, a região onde hoje está São Gonçalo era habitada pela nação indígena Tupinambá (especialmente na ilha de Itaoca, segundo resquícios arqueológicos). O litoral fluminense, bem como São Gonçalo, foi palco da revolta conhecida como Confederação dos Tamoios, que uniu as tribos tupinambás e os franceses contra os portugueses. O fim da revolta se deu com o fortalecimento da colonização portuguesa, com os portugueses se lançando sobre as aldeias indígenas, matando e escravizando a população. Os tupinambás se retiraram primeiramente em direção à Baía de Guanabara e, posteriormente, em direção a Cabo Frio. Em 1567, com a chegada de reforços para o capitão-mor português Estácio de Sá, que fundara, dois anos antes, a vila de São Sebastião do Rio de Janeiro, iniciou-se a etapa final de expulsão dos franceses e de seus aliados Tamoios da Baía de Guanabara, tendo lugar a dizimação final dos Tupinambás da região.
Em 1860, trinta engenhos de cana-de-açúcar já estavam exportando através dos portos de Guaxindiba, Boaçu, Porto Velho e Pontal de São Gonçalo. Dessa época, as fazendas do Engenho Novo e Jacaré (1800), ambas de propriedade do Barão de São Gonçalo, o Cemitério de Pachecos (1842) e a propriedade do Conde de Baurepaire Rohan, na Covanca (1820), são os elementos mais importantes. São Gonçalo contava, até o século XX, com cerca de doze portos que exportavam produtos do estado do Rio de Janeiro para a corte. Em 22 de setembro de 1890, o Distrito de São Gonçalo foi elevado a vila e município, através do Decreto Estadual 124.