A educação na grécia antiga
A educação é um dos meios pelos quais os valores espirituais e físicos do homem são conservados e passados. Ao comparar a educação da Antiguidade grega com as grandes civilizações do Oriente, é fácil observar um grande salto da primeira em relação às outras. Não é à toa que a Grécia Antiga é apontada como berço da civilização ocidental. A educação do homem grego – a Paideia – visava formar um elevado tipo de homem. Diferente da concepção oriental, em que o homem ideal era considerado alguém sobre-humano, uma espécie de homem-deus que ultrapassava a medida natural, a Grécia apresentou uma nova visão de homem, em que ele era a medida das coisas. A partir daí surgiu a questão da individualidade (embora longe de se confundir com o cultivo da subjetividade característico da Modernidade).
Os grandes sábios da Grécia, ao contrário dos do Oriente, não eram considerados enviados dos deuses, profetas ou homens sagrados, e sim mestres independentes e formadores de seus ideais. Era um ambiente onde a liberdade de pensamento predominava. A educação grega era voltada para a formação de uma individualidade perfeita e independente. A palavra Paideia significa “criação de meninos”; antes dela, porém, apareceu outro termo ainda mais essencial à formação grega: a areté, que pode ser traduzido por virtude. Com o tempo, a educação grega foi se modificando e deixou para trás o sentido inicial. A busca pela areté decorrente de uma formação mais ética acabou dando lugar a um tipo de educação mais utilitarista, que preparasse o aluno para a vida privada e pública. Uma espécie de adestramento infantil. No diálogo Protágoras (séc IV a. C.), de Platão, vemos que a educação era uma espécie de modeladora do corpo e da alma. A educação física, a musical e a literária eram as três bases que sustentavam a formação do homem grego. A ginástica era estimulada não apenas para dar vigor físico ao praticante como também para incutir-lhe coragem. Todavia, se exercida em