A educação na filosofia de Sócrates

Este relato breve sobre Sócrates (469-39 a.C.) e sua influência na educação, pedagogia e filosofias atuais, inicia-se com suas famosas palavras: “sei que nada sei”. A sabedoria de Sócrates estava no fato de reconhecer-se como não detentor de todo o saber e, assim, entender o fato de o “conhecimento” ser um processo, uma busca constante e não apenas um estado. Filho de um escultor e uma parteira, teve alguns ofícios antes de entender seu verdadeiro propósito no momento em que vivia: ser professor. Mas não um professor comum, detentor de todo o saber, mas sim um que indaga, busca, questiona, introduz o pensamento crítico através do diálogo, como forma de buscar a verdade.
Vivendo na Atenas do período clássico da Grécia, deve-se a ele a criação de um novo pensamento, uma nova forma de se pensar os problemas humanos (filosofia) e de se discutir a aquisição do conhecimento (episteme). Pensamento, este, que o levou à condenação à morte por influenciar uma geração.
O chamado “método socrático” era a interpelação de transeuntes em locais públicos , como praças e ginásios, direcionando perguntas sobre um determinado assunto. Este método possuía duas partes: “a ironia” e “a maiêutica”. A primeira visava negar e descobrir a própria ignorância, enquanto que a segunda é o criar novas ideias e concepções.
Conviveram com Sócrates durante o período grego clássico, os “sofistas” que eram os reconhecidos mestres da época. Estes homens focaram seus ensinamentos naquilo que a nova sociedade grega necessitava: trabalhar a formação do cidadão da pólis que necessita estar apto política, ética e moralmente para exercer o poder nas cidades. O instrumento para tal realização é a palavra.
Os sofistas são conhecidos como hábeis na arte de persuadir, a retórica. Eles também entendem que a dialética, o confronto de argumentos, é parte importante deste processo. Foram indispensáveis para desenvolver a capacidade do discurso e argumentação naqueles que desejavam fazer parte da