Sócrates Filosofia
SÓCRATES
MARIA DE JESUS MARTINS DA FONSECA1
1.
INTRODUÇÃO
Ao programar este número da revista Millenium teve a sua direcção editorial, na pessoa do Dr. Vasco de Oliveira Cunha, a ideia de, no âmbito da divulgação dos programas comunitários dirigidos para a educação, propor a redacção de um artigo que explicitasse as razões da escolha de nomes tão sonantes da tradição cultural ocidental para a designação de alguns desses programas. De facto, porquê denominar esses programas com nomes tais como: Leonardo Da Vinci, Erasmus, Comenius ou
Sócrates?
No caso presente, e porque Sócrates é o mais recente e, em minha opinião, também o mais ambicioso programa até agora proposto pela Comunidade Europeia para o campo da educação, coube-me tentar esclarecer pelo menos algumas das razões que levaram à adopção do nome Sócrates para designar tal programa.
Porquê Sócrates?
No sentido de levar a cabo esta tarefa, comecei por informar-me acerca deste programa, de seu nome Sócrates. Devo confessar que dele apenas lhe conhecia o nome e pouco mais ou, em rigor e para não faltar em absoluto à verdade, nada mais. Impunhase-me, por isso e antes de mais, saber o que é SÓCRATES, conhecer em que consiste
SÓCRATES enquanto programa da União Europeia para a Educação. Iniciei, portanto, este artigo respondendo a uma primeira pergunta:
O que é SÓCRATES como programa da Comunidade Europeia para a educação?, e respondendo também desse modo à minha necessidade de saber em que consiste globalmente tal programa, para poder passar, depois, já devidamente esclarecida e fundamentada, para a resposta à questão:
E porquê SÓCRATES? Porquê o nome SÓCRATES para designar um tal programa? 2.
O PROGRAMA “SÓCRATES”.
O programa SÓCRATES da Comunidade Europeia, adoptado em 14 de Março de 1995 e a implementar entre 1995 e 1999, é dirigido ao domínio da
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Professora Adjunta da Escola Superior de Educação
Educação sem Fronteiras