Projeto Neoliberal
O projeto Neoliberal iniciado no Brasil por Fernando Collor e levada ao seu ápice com Fernando Henrique Cardoso defende a regulação da economia pelo mercado, com a transformação do Estado como provedor do bem-estar social para "enfermeiro" do sistema capitalista. O "Estado mínimo", sob a égide do Consenso de Washington, submetido às exigências do FMI e do Banco Mundial, cortou gastos, aumentou impostos, restringiu investimentos e aumentou a vulnerabilidade externa do Brasil. O projeto previa a liquidação do tripé: O setor estatal produtivo, as grandes empresas brasileiras e o sistema financeiro (o grande capital globalizado). Também fazia parte do novo sistema a flexibilização dos direitos trabalhistas, reformas na previdência, corte dos direitos dos segurados e privatização das redes públicas de saúde e educação.
Essa política, ainda que tenha estabilizado a inflação, foi incapaz de debelar o desemprego, gerar crescimento sustentável e significativos no PIB, diminuir a desigualdade social e resistir às pressões externas comprometendo, muitas vezes, a soberania nacional.
Com pragmatismo e visando ganhar as eleições, o PT, se compromete com a "Carta ao Povo Brasileiro" a honrar os processos de privatização ocorrido sob os governos neoliberais, propondo uma transição mais gradual do modelo econômico. Uma mudança de rumo é experimentada com a vitória de Lula em 2002. A partir desse momento, uma política mais à esquerda, mais social, começa a ser implementada no país
O governo, livre do pensamento ortodoxo do FMI, aproveita com competência as oportunidades de crescimento que o mercado internacional oferece, apostando na diversificação das parcerias, ampliando mercados com China, Rússia, Índia e União Europeia. Tal medida, ao contrário do governo FHC, resiste às crises econômicas internacionais com louvor e adota uma postura independente à política exterior norte-americana. Ao mesmo tempo, livre das exigências do Banco