Filosofia Socrates
Do grego mythos (“conto”), o mito remete para um relato de feitos maravilhosos, cujos protagonistas são personagens sobrenaturais (deuses, monstros) ou extraordinários (heróis).
Possuem a função de proporcionar um apoio narrativo às crenças centrais de uma comunidade.
O antropólogo Claude Lévi-Strauss ainda acrescenta que todo mito deve obedecer a três atributos: tratar de uma questão existencial, ser constituído por contrários irreconciliáveis e proporcionar a reconciliação desses polos para acabar com a angústia.
Originalmente, o mito é um relato oral. Com o passar do tempo, os seus detalhes vão variando à medida que vão sendo transmitidos os conhecimentos de geração em geração. Uma vez que as sociedades desenvolveram a escrita, o mito foi reelaborado em termos literários, daí a diversidade das suas versões e variantes.
Quando, na antiguidade, as explicações científicas começaram a competir com as míticas, o termo mito adquiriu um contexto pejorativo, passando a ser utilizado como sinônimo de uma crença ampliada.
Os especialistas fizeram a distinção entre várias classes de mitos, como é o caso da cosmogonia (que procura explicar a criação e o ordenamento do mundo), da teogonia (relata a origem e o nascimento dos deuses), da antropogonia (narra a criação do homem) e dos fundadores (narra o nascimento das cidades).
O PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO
O período pré-socrático inicia-se por volta do século VI a.C., quando aparecem os primeiros filósofos nas colônias gregas da Jônia e na Magna Grécia.
Esse período caracteriza-se como uma nova forma de analisar e ver a realidade. Antes esta era analisada e entendida apenas do ponto de vista mítico, e agora é proposto o uso da razão, o que não significa dizer que a filosofia vem para romper radicalmente com o mito, mas sim para suscitar o uso da razão no esclarecimento, sobretudo da origem do mundo.
Os antigos relatos míticos da origem, inicialmente transmitidos oralmente e depois transformados em poemas por