A Educação na Filosofia de Sócrates
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A Educação na Filosofia de Sócrates Nos dias de hoje a importância de Sócrates no âmbito educacional é evidente, mas nem sempre Sócrates foi aclamado. Atenas era a cidade natal de Sócrates, e morreu ali mesmo acusado de corromper a juventude ateniense, através de suas ações e atos. Ainda assim, ele foi quem deu o sentido da palavra “filosofia”, segundo muitos filósofos. Vale lembrar que o material que Sócrates produziu não era escrito, e foram os discípulos contemporâneos os responsáveis por transmitir suas ideias e passa-las para frente. Uma questão que orientou Sócrates e os sofistas, em respeito ao labor filosófico, foi a busca pelos motivos que levam a sociedade a educar um homem para cidade, como e para que educar? Esse foi um eixo que fez com que o pensamento filosófico e educacional girasse na tradição ocidental, de Platão a Hegel. Junto com essas questões surgiu o humanismo, que marca toda uma tradição e significa a educação do homem em sua totalidade, isso é, envolvendo sua autenticidade e seu verdadeiro ser. O que Sócrates gostaria era romper o modelo de Educação aristocrata, onde só os nobres eram dignos de buscar suas virtudes morais, e a maneira como eram levados à isso visava a bela morte, a criação de um guerreiro que além de belo também era bom, isso representava a suprema coragem. Atenas avança e transforma-se numa sociedade artesanal, comercial e democrática, e percebe-se que formas cidadãos que morrem pela sua cidade já era tido como prioridade, agora o que mais servirá serão bons homens que participem ativamente da vida pública. Logo se inaugura uma nova virtude moral, voltada à formação do cidadão para o governo. A partir disso a virtude que mais interessa desenvolver é a cívica, dentro desse processo o instrumento crucial para a concretização disso, é a “palavra”. Dentro desse contexto histórico (onde até mesmo Vernant atribuiu-lhe um pensamento), surgem os sofistas que eram considerados mestres da arte da Educação do cidadão.