A educação do surdo
PROFª. CRISTIANE VÍVOLO
A EDUCAÇÃO DO SURDO ONTEM E HOJE: POSIÇÃO SUJEITO E IDENTIDADE
COSTA, Juliana Pellegrinelli Barbosa. A educação do surdo ontem e hoje: posição sujeito e identidade. Campinas. São Paulo. Mercado das letras, 2010.
Esta obra reflete sobre as condições e situações em que se encontra o sujeito surdo e as respectivas posições por ele assumidas no decorrer de um determinado período histórico. No Brasil o destaque fica por conta de três crônicas de Cecília Meireles, para um jornal do Rio de Janeiro, nas quais ela destaca o sujeito surdo como foco de seu olhar, no então Instituto Nacional de Surdos-Mudos atual INES, primeira instituição brasileira a lidar com a educação de alunos surdos.
Em seus cinco capítulos são abordadas as trajetórias do sujeito surdo desde a antiguidade até os dias atuais, em diversos momentos históricos e a questão de sua formação, suas conquistas e limitações, além do preconceito que perdura até então.
Para melhor compreensão dessas trajetórias voltaremos um pouco no tempo, mais precisamente no período Egípcio por volta de 4000 a.C, no qual o sujeito surdo não era considerado humano, sendo muitas vezes sacrificado. Já os povos judeus consideravam que os deficientes auditivos possuíam apenas direito a vida porém, não possuíam direito a educação. Isto ocorria devido as sociedades compreenderem os surdos de uma maneira marginalizada.
Apenas em 1579, Girolamo Cardano declarou os deficientes auditivos como capazes de aprender, ensinando-os por meio de desenhos e figuras. O primeiro professor de surdo da história foi o Monge Beneditino na Espanha: abade Pedro Ponce de Leon, educou surdos filhos dos nobres, ensinando-os a falar, ler e escrever, sua metodologia baseava-se na oralização, escrita, leitura e datilologia, fundando posteriormente uma escola de professores de surdos.
A primeira escola pública criada para surdos foi na residência do francês Charles Michel L' Epée com o