educação dos surdos
Nenhuma outra ocorrência na história da educação de surdos teve um grande impacto nas vidas e na educação dos povos surdos quanto esta. Houve a tentativa de fazer da língua de sinais em extinção. De 6 até 11 de setembro de 1880, houve um congresso internacional de educadores surdos na cidade de Milão na Itália. Neste congresso que teve duração de três dias, foi feita uma votação proibindo oficialmente a língua dos sinais na educação de surdos o congresso declarou que a educação oralista era superior à de língua gestual.Desde sua aprovação, as escolas em todos os países europeus e nos Estados Unidos mudaram para a utilização terapêutica do discurso sem língua gestual como método de educação para os surdos. Este congresso foi organizado, patrocinado e conduzido por muitos especialistas em sua maioria ouvintes, todos defensores do oralismo puro, havendo apenas um surdo participante. Alexander Grahan Bell teve grande influência neste congresso. A Linguagem de Sinais, em todas as suas formas, foi então proibida e estigmatizada. O domínio da Língua Oral pelo Surdo passou a ser uma condição para a aceitação dentro de uma comunidade majoritária. Após o congresso, a maioria dos países adotou rapidamente o método oral nas escolas para surdos, proibindo oficialmente a língua de sinais, decaiu muito o número de surdos envolvidos na educação de surdos. Em 1960, nos Estados Unidos eram somente 12% os professores surdos como o resto do mundo. Em conseqüência disto, a qualidade da educação dos surdos diminuiu e as crianças surdas saíam das escolas com qualificações inferiores e habilidades sociais limitadas. Ali começou uma longa e sofrida batalha do povo surdo para defender o seu direito linguístico cultural, as associações dos surdos se uniram mais, os povos surdos que lutavam para evitar a extinção das suas línguas de sinais. Uma década depois do Congresso de Milão, acreditava-se que o ensino da língua gestual quase tinha desaparecido das