A educação como campo social de disputa hegemônica
Frigotto, no início do capítulo, situa o contexto em que emerge a discussão abordada em sua obra. É o contexto da sociedade capitalista tendo e vista os processos educativos como produtores e reprodutores das relações sociais. Desta forma, os processos educativos aparecem com a finalidade de habilitar o homem der forma técnica, social e ideológica para o trabalho, respondendo às demandas do capital. Ao contrário, a educação, em sua essência, tem como função o desenvolvimento das condições físicas, mentais, afetivas e lúdicas do ser humano, capacitando-o para ampliar as capacidades de produzir valores que condicionam a satisfação das suas necessidades. Para o Frigotto o ato de mercantilizar a qualificação humana agride a própria condição humana.
Para o autor o trabalho é pressuposto para a condição humana, sendo também o principio educativo. Porém mas que na sociedade capitalista o trabalho é transformado em alienação e o processo educativo subordinado aos interesses do capital. A subordinação se evidencia na diferenciação da educação para as classes dominantes e trabalhadoras, respectivamente formativa e disciplinadora/adestradora. De fato, uma classe sem nenhum esclarecimento é mais fácil de manter subordinada.
Num segundo momento Frigotto apresenta a crítica à teoria de capital humano, ou seja, a mensuração da educação e da qualificação, tendo como base determinados conhecimentos, habilidades e atitudes que potencializam a capacidade de trabalho e produção. É nítida, neste caso, a subordinação da educação ao capital. A crítica à teoria de capital humano passa a olhar a educação sobre outra perspectiva, em o que o foco não é mais o trabalho, mas a educação passa a ser entendida como reflexo das relações sociais.
Por fim o autor aponta o dilema emergente no contexto da