Certo

A educação como campo social de disputa hegemônica ref. (FRIGOTTO, 2010, cap.I)

O texto A educação como campo social de disputa hegemônica de Gaudêncio Frigotto trata de relações entre sociedade, processo produtivo, processo de trabalho e educação ou qualificação humana que são tratados em diferentes campos do conhecimento, porém ele da mais ênfase no âmbito da Economia da Educação reconhecendo a necessidade da relação com os outros campos disciplinares. Frigotto afirma que na perspectiva histórica das classes dominantes a educação dos trabalhadores era subordinada as demandas do capital que era habita-los técnica, para o trabalho, enquanto que para esses trabalhadores era buscar na educação conhecimentos e habilidades que para uma melhor compreensão da realidade, tendo assim uma grande diferença entre as classes dirigentes e a classe trabalhadora. Na medida que o sistema capitalista vai se estabilizando e os sistemas educacionais se estruturam, vai se percebendo uma escola adestradora e disciplinadora para os filhos dos trabalhadores e escola formativa para os filhos das classes dirigentes.
Desttut de Tracy, no final do séc. XVIII e inicio do séc. XIX expõe como natural a existência de uma escola e de uma formação dualista, defendendo como natural a subordinação do ensino e qualificação das classes trabalhadoras as necessidades imediatas da produção, enquanto os filhos das classes dirigentes deveriam ser preparados para governar.
A análise da educação no Brasil segundo o autor nos traça um quadro de extrema perversidade, sendo com obrigatoriedade real apenas até o quinto ano de escolaridade, sendo que tinha várias crianças fora da escola, vários analfabetos absolutos e parte da população com alfabetização precária. No plano econômico o estado é estruturado com duas faces, a pública e a privada. No plano político teve um avanço por meio de novos atores sociais (sindicatos, movimentos sociais urbanos), que redefiniram a relação Estado- sociedade. No plano