A educação brasileira
Regime Militar (1964-1985)
Consumado o golpe de estado, assume a presidência da república o Marechal Castelo
Branco que teve posição de destaque no período conspiratório pré-64.
Flávio Suplicy de Lacerda é indicado para o Ministério da Educação, sucedendo o ex-reitor da Universidade de São Paulo, o jurista Luiz Antonio da Gama e Silva, que acumulara os cargos de Ministro da Justiça e da Educação e Cultura nos primeiros dias do golpe militar. Ainda, no governo Castelo Branco, foram Ministros da Educação: Raimundo de Castro Moniz de Aragão (interino), Pedro Aleixo e Guilherme Augusto Canedo de Magalhães (interino). As principais medidas tomadas nesse ano de 1964, no campo da educação foram à invasão por tropas militares da Universidade de Brasília e a conseqüente destituição do seu primeiro Reitor, Anísio Teixeira. Este foi substituído, então, pelo médico professor Zeferino Vaz, indicação feita pelo Ministro Gama e Silva. Mais tarde, Zeferino Vaz seria nomeado Reitor da Universidade de Campinas.
A UNE, após ter a sua sede na Praia do Flamengo incendiada, foi colocada na ilegalidade e o seu último presidente, José Serra, exilado. Criam-se os Diretórios Acadêmicos que deverão substituir os Centros Acadêmicos e, no âmbito da Universidade, surge o DCE (Diretório Central dos Estudantes). Portanto, os estudantes já não têm mais nem representação estadual (UEEs), nem a representação nacional. O regime militar utiliza como mote: “Estudante nãodeve fazer política, mas sim estudar.” Extingue-se o serviço de assistência ao menor (SAM) e, em seu lugar, surge a FUNABEM (Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor). O primeiro acordo MEC/USAID (United States Agency for Development) para o aperfeiçoamento do ensino primário é assinado. Em decorrência disso, são contratados seis assessores americanos, pelo prazo de dois anos. A Lei Federal nº 4.440, de dezembro de 1964, cria o Salário Educação, com recursos provenientes das empresas. A Universidade de