A Educação Brasileira
Luisete do Espírito Santo Sousa lses_luisete@hotmail.com A educação brasileira reflete nos dias atuais a crise vivenciada pelo regime político, social, econômico e cultural dominante mundial: o capitalismo. Esta concepção de mundo tem ditado às regras da vivencia social nas relações humanas ocidentais ao longo de toda a modernidade, hora sendo dominante hegemônica, hora sendo contestada por visões de mundo opostas. Desde sua ascensão ao poder os capitalistas têm vivenciado e superado suas constantes crises e como um “camaleão” tem assumido diferentes posturas políticas e econômicas para sustentar sua hegemonia. Nesta dinâmica ele re-nova sua forma de exploração do homem nas relações de trabalho, sendo uma máquina de exclusão social sob o disfarce de uma “democracia”, promessa de uma classe revolucionária (burguesia), mas que nunca se efetivou. O Estado liberal ou neo-liberal, fundado sob a égide do “homem livre” de Rousseau, surgiu e se mantém até hoje num contrato social que tem o objetivo de homogeneizar, no âmbito da sociedade civil, as relações econômicas, políticas e culturais. No entanto sua capacidade reguladora é sempre posta em dúvida, devido sua forma desumana e até bárbara de produzir desigualdades e exclusão social. Neste contexto, as crises sempre obrigam o estado capitalista a se modificar para calar o grito dos excluídos. Vivemos então na atual modernidade ou pós-modernidade mas um desses momentos de confronto, onde ocorre a negação dos direitos do homem moderno: liberdade, igualdade, autonomia, subjetividade, justiça e solidariedade. Escondidos por no discurso de pós-modernidade e fim da história, os capitalistas neoliberais tentam manter e globalizar seu contrato social, que nos nega esses direitos. Na discussão com Boaventura Sousa Santos, no texto reinventar a democracia, ele nos chama a atenção para a necessidade de se construir um novo contrato social, mais inclusivo que atinja o