A economia da exploração
Ascensão e declínio, crescimento econômico e pobreza. Como conceitos tão distintos pode ser resultado de um mesmo fator: a exploração de recursos naturais? E esta, vem a favor do país explorado ou só traz benefícios para os exploradores?
Desde o início da primeira revolução industrial, os países desenvolvidos necessitaram de matéria prima para transformar os seus sonhos em produtos. Matéria prima esta que se fazia presente abundantemente nos países subdesenvolvidos, inicialmente chamados de terceiro mundo. Começaram então as fortes explorações dos recursos naturais deste terceiro mundo, gerando uma ascensão econômica dos países industrializados e um total declínio da economia dos países subdesenvolvidos. Esse declínio se explica porque a renda gerada por essa exploração não fica na economia interna do país, ela é mundializada pelas grandes empresas que exploram essas riquezas naturais. E essa mundialização acaba por contribuir para o desgaste econômico desses países.
Com o desgaste e o declínio da economia, e com a exploração exagerada de recursos, o resultado nos países subdesenvolvidos já era o esperado: pobreza, concentração de renda, baixo desenvolvimento, além da falta de atenção para o meio ambiente. E o resultado nos países exploradores é exatamente o contrário no que diz respeito à riqueza e desenvolvimento, mas igual na concentração de renda, onde as minorias privilegiadas acabam levando a maior parte do lucro, da exploração à venda de manufaturados.
O que se conclui é que os países mais desenvolvidos têm sua ascensão econômica sustentada pelo declínio provocado por eles na economia daqueles que são menos desenvolvidos, e estes são os que mais sofrem neste ciclo. Mesmo assim, todos acabam perdendo, pois além da questão econômica, se os recursos não forem gerenciados a favor do meio ambiente, eles vão se exaurir e nós, os seres ‘inteligentes’, vamos junto, pois dependemos desses recursos para