A divisão do trabalho segundo Marx e Durkheim
O principal ponto divergente entre as teorias dos dois sociólogos tange a divisão do trabalho. Para Marx, a divisão era negativa, pois gerava as classes sociais, onde certos indivíduos acumulam mais riquezas que outros, gerando desigualdade. Já para Durkheim, a divisão do trabalho era positiva e necessária para o bom funcionamento das sociedades, visto que mantinha e estimulava a solidariedade entre os indivíduos.
Marx acredita também que a divisão do trabalho causa a alienação dos trabalhadores, pois, a partir do momento em que o trabalho do operário se detém a penas uma parte da produção, ele perde o controle do que produz, por ficar delimitado a apenas uma função do todo, como é representando na imagem.
O patrão, detentor dos meios de produção, por sua vez tem como objetivo a obtenção de lucro. Com essa finalidade, ele aumenta o número de horas de trabalho dos operários, mas sem aumento de salário por isso, o que caracteriza o conceito de mais-valia absoluta. Por conta da alienação, o proletariado não percebe essa relação de exploração disfarçada.
Segundo Durkheim, a coesão é definida pelo funcionamento unido da sociedade, que permite aos indivíduos viver em certo consenso e ordem. Para que haja a coesão, é preciso haver a solidariedade, que pode ser de dois tipos: orgânica e mecânica.
A solidariedade mecânica é aquela que acontece nas sociedades primitivas, onde o a coesão é tão forte que o sentido de “nós” é mais forte que o “eu”, por conta de tradições culturais comuns. Nessas sociedades, todos trabalham conscientemente no sentido de manter a coesão, de fazer com que a sociedade, o coletivo funcione.
Já a solidariedade orgânica é aquela que ocorre nas sociedades mais complexas, onde o individualismo é mais forte. As pessoas trabalham para satisfazer suas próprias