A ditadura militar no brasil
No dia 25 de agosto de 1961, com apenas sete meses de governo, Jânio Quadros renuncia á presidência da república alegando que “forças ocultas” teriam-no obrigado à tomar esta decisão por meio de sua carta-renúncia , que inclusive parecia muito com os motivos elencados por Getúlio Vargas em sua carta-testamento. Jânio achava queaqueles que lhe deram os votos em 1960 lhe apoiariam na recondução do poder e assim, legitimado pelo povo, encontraria um novo esquema viável para governar, porém isso não aconteceu e o seu vice João Goulart que estava na China em uma missão diplomática, reforçando ainda mais a sua fama de comunista, teria que assumir o poder, gerando uma crise institucional e sendo a primeira tentativa de golpe dos militares que não teve êxito. Por um lado os setores conservadores da sociedade civil e militares, encabeçados pelo ministro da Guerra, Ódílio Denys, não queriam a posse de Goulart, dizendo que ele representaria séria ameaça à ordem e que conduziria o país para o comunismo. Por outro lado, as classes trabalhadoras, os estudantes, intelectuais e alguns militares fiéis a legalidade defendiam a posse de Jango.
Para que ambas as partes não fossem contrariadas, foi implantado um regime parlamentarista no Brasil, no qual Jango ficaria sendo o presidente da república, porém, existiria o 1º ministro que teria mais poder do que o próprio presidente, durando este regime entre setembro de 1961 a janeiro de 1963, onde três ministros se sucederam no cargo: Tancredo Neves (set. de 1961-jun. de 1962), Brochado da Rocha (jun. de 1962-set. de 1962) e Hermes Lima (set. de 1962-jan. de 1963). Mas com um sistema político extremamente voltado ao presidencialismo, ficou difícil modificar essa cultura política do dia para a noite, podendo-se dizer que a experiência parlamentarista brasileira foi fracassada. Com o mundo dividido entre capitalistas (Estados