A dialética social da segurança pública brasileira
“Em cinco anos a polícia brasileira mata mais que a polícia americana em 30 anos”. Com essa frase Alexandre Garcia, comentarista de jornalismo da rede Globo de televisão dá início ao seu breve relato da situação dos policiais do país. Ao contrário do que se imagina, ao deparar-se com essa frase, Alexandre não bombardeia a polícia, mas sim a população e poderes públicos a qual se servem dela. Essa pequena frase foi motivo de revolta em todo país, pelo que pode ser considerado um instinto brasileiro de querer se igualar ao EUA em tudo. Num país como o nosso onde se odeia os policias e se amam os bandidos, não se pode ter a “cara limpa” de se clamar por segurança.
São mortos cerca de 6 bandidos por dia no Brasil, certo, porém a controvérsia que assusta é a quantidade de policiais que também são mortos todos os dias. Em volta de 1,3 policiais perdem a vida todos os dias em solo brasileiro, o que dá um total de 490 por ano. Para a vanglória do povo brasileiro, nesse quesito ele já se saiu vitorioso, passou a frente dos EUA, pois na terra da águia careca há uma média de apenas 70 policiais mortos por ano.
Corpo do sargento do 41º BPM (Irajá), Luiz Gustavo Trindade, de 36 anos, assassinado em frente à sua casa.
Dando continuidade à comparação, o que mais repugna é se considerarmos o assalariamento dessa classe, no Brasil temos uma média de R$1.500,00 para um salário inicial de um militar, enquanto que um policial iniciante da polícia Nova-iorquina recebe $2.500,00, cerca de R$6281.00, o maior salário da polícia militar brasileira é o do Distrito Federal que chega a humildes R$4.700,00. Considerando a face do crime organizado e a periculosidade eminente o soldado do estado do Rio de Janeiro ocupa no ranking brasileiro a 24° posição, com apenas R$1.450,00. Infelizmente é assim, glorifiquemos mais ainda os bandidos e deixemo-lo entronizado de fama e digno de respeito, mega-traficantes, ricos e poderosos, e tomando por