A desvalorização do diagnóstico da personalidade

Atualmente dentro da prática psicológica temos uma grande persistência da desvalorização do diagnóstico da personalidade. Isto pode ser interpretado como um desconhecimento dos conceitos teóricos que fundamentamos métodos existentes e a técnica realmente aplicada e na supervalorização da psicanálise clássica Freudiana. No momento em que um paciente apresenta sintomas de significado emocional todo o psicodiagnóstico é deixado de lado para dar lugar à psicoterapia psicanalítica. Fazendo uso do modelo Freudiano clássico para tratamento de neuróticos, pois neste, as problemáticas emocionais apontam para a neurose. O método psicanalítico procura por meio de determinações lógicas e emocionais, explicar a conduta humana e assim entendê-la. Essa desvalorização do psicodiagnóstico da personalidade, pode afetar tanto conceitos éticos quanto a própria eficácia da prática clinica, tornando ambas ineficazes.
Bleger ao assumir a visão do homem social, pontua que o ser humano, suas emoções, suas características e o significado das suas relações só podem ser estudados através de duas experiências de vida individuais que são vitais no desenvolvimento do mesmo.
Dentro da área da psicopatologia psicanalítica estrutural existem diferentes estruturas e organizações de personalidades e essas requerem diferentes abordagens terapêuticas e técnicas que buscam reestabelecer nessa estrutura o seu equilíbrio. As diferentes estruturas de personalidade, como estruturas psicóticas e borderlines exigem diferentes estratégias de atendimento, essas diferem da modalidade clássica da psicanalise e necessitam da realização do psicodiagnóstico. O psicodiagnóstico consiste em sucessivas discriminações que orientam intervenções psicoterapêuticas. As diferentes estruturas de personalidade são explicadas na psicanálise como sendo o produto de uma história, mais específico, a infância. Onde nossas pulsões libidinais são expressas e fixadas. Nossa noção de personalidade pertence muitas vezes ao plano