A desfolhada
A tradição da desfolhada, muito enraizada no norte do País, é um momento de alegria e boa disposição.
Durante todo o dia, carros de bois carregados de milho despejam-no na eira.
À noite, os amigos e familiares do lavrador juntam-se em redor do monte do milho e começa aí a desfolhada.
Esta consiste na descasca do milho, ora em pé ora sentado. Algumas pessoas trajam a rigor como se de uma cerimónia se tratasse.
Por vezes, a palha e o milho misturam-se o que obriga de vez em quando á sua separação.
Espigas para os respectivos cestos, e a palha junta num monte para de seguida se construir a “meda”(palha colocada ao alto como a fazer uma casa dos índios”.
A animação nunca falta, pois há sempre alguém que toca concertina. Sempre que se acha uma espiga rainha (de grãos vermelhos), quem a encontra tem que dar um abraço ou um beijinho a todos quantos participam na desfolhada.
Os jovens participam entusiasmados nas desfolhadas, sempre na esperança de encontrar milho-rei ou rainha para poderem dar um beijo ou um abraço à namorada, ou a á pessoa com quem querem vir a namorar.
No final dos trabalhos, são servidos os petiscos onde não falta a broa de milho, o bolo do tacho, os biscoitos de milho, o café, e o bom vinho verde da região.
Termina tudo a altas horas da madrugada ao som da concertina e com o bailarico que não podia deixar de