"A democracia na américa" - tocqueville, alexis de. - resenha crítica
Whitney Santos Cabral
Acadêmica do primeiro semestre do curso de Relações Internacionais da Universiade Católica de Brasília.
Alexis de Tocqueville nasceu em Paris, no dia 29 de julho de 1805, filho de uma família tradicional, pertencente à antiga nobreza da Normandia. Formou-se em Direito na cidade natal, concluindo seus estudos em 1825. Mais tarde, ingressou na Magistratura como juiz-auditor, em Versalhes, onde seu pai era prefeito. Em sua formação leu os filósofos iluministas do século XVIII, tais como Rousseau e Montesquieu, os quais provavelmente influenciaram na elaboração de sua tese a respeito da igualdade de condições sociais.
Tocqueville também atuou na política, como deputado, elaborando várias propostas para reformas como, por exemplo, no sistema penitenciário, e também deu ênfase à educação política dos cidadãos, entre outras causas sociais. Como grande defensor da separação entre a igreja e a política, assim com a educação, o mesmo acreditava – apesar de defender a liberdade religiosa – que a educação laica garantia a plena liberdade de pensamento, pois para possibilitar às pessoas a formação de uma opinião própria, sem influências alienadoras de qualquer natureza, deveria haver uma certa distância entre tais setores, sendo o Estado responsável por garantir isto.
Sua tendência a sempre engendrar para os temas de cunho social era inegável. Com uma visão muito peculiar sobre a pobreza, por exemplo, mostrou em seus ensaios uma opinião oposta à visão moralista dominante sobre o assunto. Para o autor, tal problema era resultante da industrialização e, para resolvê-lo, chegou a sugerir diversas soluções coletivas: a criação de associações operárias visando organizar a previdência, é uma delas.
No dia 16 de abril de 1859, Alexis de Tocqueville, estudioso idealista, defensor da cidadania, da democracia e da igualdade de direitos, morreu de tuberculose, em Cannes. Deixou