A dedução complexiva
A DEDUÇÃO COMPLEXIVA
Ao longo da história do capitalismo é perceptível a interligação com os processos de sociabilidade, capital, política, modernização da produção e a globalização, entre outras. O capital tem sido neste processo a mola que impulsiona com sua idolatria e imponência, ele é quem promove, de forma encortinada a verdadeira transformação em prol ou contra ele próprio – vê-se pela inquietude da classe trabalhadora que se vendo escrava do capital, leia-se do dono, parte em busca de alternativas para retomada de sua dignidade –. Mas o capital é forte e por certo não será nocauteado em poucos rounds.
Marx cita que: “o capitalista se enriquece apropriando-se, sem qualquer tipo de retribuição, de uma parte do produto do trabalho realizado pelo operário”.
Marx mostrou, também, que a “liberdade individual no Capitalismo estava condicionada pela divisão da sociedade em classes: de um lado, os proprietários dos meios de produção e, do outro lado, os trabalhadores”.
Entretanto as contradições impostas pelo capital estão longe de serem sanadas. Destacam-se dentre estas contradições: “o capital e o trabalho, o capital e as mulheres, o capital e as etnias, o capital e os direitos humanos, o capital e o meio ambiente e o capital e o bem público”.
Porém é preciso colocar em análise até que ponto a figura do capital está corroído e se ela ainda suportará por muito tempo sua proposta. Esta análise deve ser promovida pelos movimentos social, dos menores aos mais amplos. De maneira que “esse nosso exercício de dedução complexiva possa contribuir nessa busca por novos nexos e a viabilização de novas figuras e formas sociais” mais realistas com o bem da humanidade.
Os horizontes apontam para a substituição do trabalho pela modernização trazida pela Ciência – o que Karl Marx chamou de “inteligência geral” – e com isso a redução da exploração desleal do trabalhador; mas isso não significaria o fim do trabalho, já que é