A decada de 90 se inicia com o Plano Collor

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A década de 90 se inicia com o Plano Collor, que se utilizou da sistemática de bloqueio de ativos financeiros poupados para controle inflacionário, agravando mais ainda a já problemática incerteza sobre os rumos da economia brasileira. O Plano Collor II, em 1991, adotou novamente o instrumental do congelamento de preços e salários e extinguiu o referencial de indexação de preços, o Bônus do Tesouro Nacional fiscal, utilizando a Taxa Referencial Diária. O instrumental usado conduziu à substituição do Presidente. Em 1994 é implementado o Plano Real, programa de estabilização bem-sucedido, que reduziu as taxas de inflação por um período prolongado. No Plano Real, criou-se uma moeda virtual atrelada ao dólar, a Unidade Real de Valor (URV). Através disso, o governo adotou a lógica da dolarização, usando as âncoras cambiais ou metas cambiais. No regime de âncora cambial para a estabilização monetária, a taxa de juros passa a ser o instrumento de política monetária mais importante. Foi estabelecido um período de quatro meses para que os agentes econômicos se adaptassem à URV. Durante esse período, a taxa de câmbio, os preços básicos, os salários dos funcionários públicos, salário mínimo, pensões e tarifas públicas foram compulsoriamente convertidos em URVs. O setor privado foi adaptando seus preços a essa sistemática. Ao final desse período, a URV, que valia 2.750 cruzeiros novos, foi convertida na nova moeda, o Real. Toda base monetária da velha moeda foi substituída por novas cédulas e moedas. Houve firme determinação em manter baixa a taxa de inflação, até que em fins da década de noventa foi implementada a sistemática de metas de inflação, ou 'inflation targeting'. As metas de inflação se tornaram um instrumento de controle de preços, que substituíram as metas cambiais, ou âncoras cambiais, diante do esgotamento daquele instrumento. Para fixar as metas de inflação, utiliza-se do núcleo de inflação, ou

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