A Cultura E A Loucura
Segundo Broutroux, as leis psicológicas, mesmo as mais gerais, são relativas a uma “fase da humanidade”.
“A doença só tem realidade e valor de doença no interior de uma cultura que a reconhece como tal.”
As analises dos psicólogos e sociólogos, que fazem do doente um desviado e que procuram a origem do mórbido no anormal, são, então, antes de tudo, uma projeçãp de temas culturais.
“(...) se Durkheim e os psicólogos americanos (Ruth Benedict) fizeram do desvio e do afastamento a própria natureza da doença mental, é sem duvida por uma ilusão cultural que lhes é comum: nossa sociedade não quer reconhecer-se no doente que ela persegue ou que encerra; no instante mesmo em que ela diagnostica a doença, exclui o doente.”
História da Loucura
A historia para Foucault é essencial, para se entender e analisar o indivíduo.
A loucura não é um fato biológico, mas sim, histórico e cultural.
Como o conceito de loucura mudará através dos tempos, e o que isso significa:
“Toda historia dos inicios da psiquiatria moderna se revela falseada por uma ilusão retroativa segundo a qual a loucura já estava dada – ainda que de maneira imperceptível – na natureza humana.”
Loucura não é algo da “natureza” ou uma “doença”, mas um “fato de cultura”. A historia da loucura em suma, é a historia da progressiva medicalização da loucura no pensamento ocidental.
Momentos para pensar a Historia da Loucura.
1º momento: Idade Média
Louco = Visionário
Que sabia além para a época.
2º momento: Renascimento
Louco= outra razão
“ É louco porque a sociedade o é.”
Saber fechado, esotérico, que produz e manifesta a realidade de outro mundo, e nos entrega o homem essencial, que em sua natureza íntima é furor e paixão.
“Toda loucura tem sua razão que a julga e controla, e toda razão sua loucura na qual ela encontra sua verdade irrisória.”
Exemplo: O elogio da Loucura, de Erasmo.
3º Idade Clássica ( sec. XVI e XVII):
Inicia com Descarte, fundador da filosofia moderna.
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