A cultura política do maçom
1 - Introdução
A política ainda continua sendo um assunto mal compreendido e, até certo ponto, controverso dentro da Maçonaria. Ao se falar “de”, ou “em” política, muitos IIr.·. interpretam como algo do gênero político-partidário. Não obstante as várias definições acerca do termo Política, o que se extrai, fundamentalmente, é a ideia de promoção do bem estar e do progresso da sociedade, através de quaisquer tipos de ações tendentes a tanto. Imagina-se, até por certo comodismo, que fazer política seja tão somente a ocupação de cargos eletivos no Poder Legislativo e Executivo, sendo essa ocupação apenas uma parcela da referida atuação. Como se mencionou acima, fazer política pode ser muito mais abrangente do que isso, cabendo ao Maçom decidir sobre sua participação na sociedade, principalmente com o uso das ferramentas de sua profissão e de seus conhecimentos específicos. Viver em sociedade é participar dela, atuando politicamente no seu desenvolvimento. Aquele que se omite, na verdade, está, de forma leviana, querendo se isentar dos deveres de cidadão. Especialmente o Maçom, como microcosmo, possui em si mesmo a capacidade de ajudar a criar e desenvolver um mundo melhor para todos, um mundo de justiça e equilíbrio, de entrosamento e ajustamento de contrastes e contradições, um mundo destacado pelo amor e pela fraternidade humana. Destarte, torna-se evidente e necessária a intervenção do Maçom na sociedade, através da atuação política, já que esta tem por função defender e harmonizar o convívio social. A proposta maçônica de melhorar a condição humana através do trabalho eticamente reconhecido, é uma condição política, sem dúvida. E poderia acrescentar-se a essa assertiva que cabe ao Irmão Maçom levar essa proposta para a sua comunidade, para a sua cidade, para o seu País, e, porque não, para o mundo. Obviamente, em perfeita sintonia com o raciocínio de o candidato entrar na Maçonaria; a Maçonaria entrar no iniciado e,