A cultura do século XVIII
Esse período é posterior ao Barroco, época de tensão entre a Reforma e a Contrarreforma (que instaurou a Inquisição e perseguia os pagãos); por isso a sensação era de que uma ‘nuvem’ violenta, obscura e ignorante estava se dissipando para dar lugar à Idade da Razão (em oposição à Idade Média) com a chegada do século XVIII. A partir daí, a humanidade sente necessidade de explicar os fenômenos naturais e sociais sob uma perspectiva terrena, e não mais religiosa.
Agora, além das ‘verdades’ escrita nos livros sagrados e pregada por padres e pastores, era necessário chegar às verdades que poderiam ser comprovadas por outro método, o científico. Desde os conceitos políticos até as crenças populares, passando por todas as formas de arte e pela estrutura da sociedade, tudo passou a ser analisado com os olhos da razão.
A atitude de valorização deste novo jeito de olhar o mundo foi chamada Iluminismo. Tal ideal foi tão expressivo que levou os filósofos Diderot e D’Alembert a organizarem a Enciclopédia, considerada à época o ‘livro dos livros’, pois tinha como objetivo reunir todo o conhecimento científico e filosófico acumulado até então; devido a tal ambição, a obra tinha 28 volumes e foi publicada entre 1751 e 1780.
A fim de combater a predominância da ideologia religiosa e a forma de expressão artística barroca, os artistas árcades buscaram o equilíbrio do Classicismo europeu do século XVI; daí o termo Neoclassicismo também ser usado para se referir a esta época.
Os iluministas lutaram contra os excessos do Barroco e defenderam uma arte racional e didática. Na literatura, propuseram um estilo mais obediente às normas clássicas e uma linguagem clara, simples e precisa. O teatro respeitava as três unidades aristotélicas (de ação, de lugar e de tempo) e a poesia inspirava-se nos temas clássicos greco-romanos.
A filosofia também passou por uma grande transformação, pois os filósofos do século XVIII viam