RESUMO_A noção de cultura nas ciências sociais
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RESUMOCUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru, SP: EDUSC, 1999. 258 p.
De acordo com Cuche, é significativo que a palavra “cultura” não tenha equivalente na maior parte das línguas orais das sociedades que os etnólogos estudam habitualmente. O autor complementa que isto não implica que estas sociedades não tenham cultura, mas que elas não se colocam a questão de saber se têm ou não uma cultura e ainda menos de definir sua própria cultura.
Ao analisar a evolução da palavra cultura, Cuche afirma que o século XVIII pode ser considerado como o período de formação do sentido moderno da palavra, em 1700, no entanto, “cultura” já é uma palavra antiga no vocabulário francês. Vinda do latim cultura, que significa o cuidado com dispensado ao campo ou ao gado.
Cuche retrata que no século XVIII, “cultura” é sempre empregada no singular, o que reflete o universalismo e o humanismo dos filósofos: a cultura é própria do Homem (com maiúscula), além de toda distinção de povos ou de classes.
O autor informa em seu texto, que no vocabulário francês do século XVIII, a palavra cultura, estava então, muito próxima de uma palavra que teve um grande sucesso na época – “civilização”. Para Cuche, o uso de “cultura” e de “civilização”, no século XVIII, marca então o aparecimento de uma nova concepção dessacralizada da história.
Segundo Cuche, Kultur no sentido figurado aparece na língua alemã no século XVIII a parece ser a transposição exata da palavra francesa, e vai evoluir muito rapidamente em um sentido mais restrito que sua homóloga francesa.
O texto informa que na França a evolução da palavra cultura no século XIX, enriqueceu com uma dimensão coletiva e não se referia mais somente ao desenvolvimento intelectual do indivíduo. Passou a designar também um conjunto de caracteres próprios de uma comunidade, mas em um sentido geralmente vasto e impreciso.
O autor relata também, que ao longo do século XX, a adoção de um procedimento positivo na reflexão