A cultura do samba

A cultura do Samba

1. História
O samba, que nasceu na Bahia, é uma derivação de ritmos africanos trazidos ao Brasil ainda na época colonial pelos escravos. A palavra samba é originária, provavelmente, da expressão semba – nome angolano de um ritual religioso que significa umbigada, devido um comum gesto presente na dança. A disposição dos participantes se dava em forma de roda, batendo palmas, enquanto um casal ao centro dançava dando a “umbigada”. A dança acompanha o canto de um solista, que o grupo responde através do refrão.
Trazido pelos negros baianos ao centro do Rio de Janeiro no século XIX, era tocado nas casas das “tias baianas”, e era marcado pelo pandeiro e a batida da faca no prato. A casa e terreiro da Tia Ciata, baiana que morava no centro do Rio, pode ser considerado o berço do samba carioca. Foi lá que o primeiro samba foi gravado no Brasil, em 1916. “Pelo Telefone”, Uma composição de Donga e Mauro de Almeida, cuja letra descrevia a ação policial no ambiente de roda.
2. A criminalização e descriminalização do samba
Este ritmo musical era malvisto e criminalizado por estar vinculado a cultura negra e as camadas mais populares, marginalizadas pela sociedade. A legislação da época não detalhava as penalidades, então nos casos dos sambistas eles eram levados como vadios. A polícia costumava buscar negros, praticantes de capoeira e pessoas de religiões afro-brasileiras. O sambista Donga relata "era proibido porque a gente ia pra Penha, e na hora que a gente ia com o pandeiro e o violão, a polícia cercava e tomava o pandeiro; porque quem cantava samba era capadócio". Relata ainda que sempre que um homem, normalmente negro, era detido pela polícia por vadiagem, uma das primeiras atitudes era verificar a existência de calos nas pontas dos dedos. Caso os calos existissem, concluía-se que o mesmo tocava violão, colocando o mesmo como sambista e, por isso, acaba preso.
Em 1930, o então presidente Getúlio Vargas destacou o