A culpa é das estrelas
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1 de junho de 2013
Bem-vindos!
Capítulo CINCO
Depois disso, fiquei sem falar com o Augustus mais ou menos uma semana. Liguei para ele na Noite dos Troféus Destroçados e, como manda a tradição, agora era a vez dele de me ligar. Mas não ligou. Não que eu estivesse com o celular na mão suada o dia inteiro, olhando para o aparelho, usando meu Vestido Amarelo Especial, esperando pacientemente que meu cavalheiro fizesse jus à sua alcunha.
Segui a vida normalmente: encontrei com a Kaitlyn e com seu (bonitinho mas francamente nada augustiniano) namorado para tomar um café numa tarde dessas; tomei a dose diária recomendada de Falanxifor; assisti às aulas em três manhãs no MCC, e todas as noites sentei à mesa para jantar com minha mãe e meu pai.
Domingo à noite, comemos pizza com pimentão verde e brócolis.
Estávamos sentados em volta da nossa pequena mesa redonda na cozinha quando meu celular começou a tocar, mas eu não podia nem colocar a mão nele pois nós seguimos uma regra rígida de nadadetelefonenahoradojantar.Então comi um pouco enquanto mamãe e papai conversavam sobre um terremoto que tinha acabado de acontecer em PapuaNova Guiné.
Eles se conheceram no Corpo da Paz em PapuaNova Guiné, por isso, sempre que alguma coisa acontecia por lá, mesmo sendo algo terrível, era como se, de repente, eles não fossem mais duas criaturas gordas e sedentárias, mas sim os jovens, idealistas, independentes e radicais que foram um dia. O êxtase deles era tão grande que nem sequer olharam para mim enquanto eu comia mais rápido que nunca, passando a comida do prato para a boca com uma velocidade e uma ferocidade que me fizeram até ficar um pouco sem fôlego, o que obviamente me deixou com medo de meus pulmões estarem de novo nadando numa piscina cheia de líquido.
http://bloglivroson-line.blogspot.com.br/2013/06/capitulo-cinco.html
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