O Apresentador Nos Estudos De Jornalismo: Reflexões Sobre A Transformação Das Rotinas De Produção E No Modo De Atuar
XXXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Manaus, AM – 4 a 7/9/2013
O Apresentador Nos Estudos De Jornalismo: Reflexões Sobre A Transformação Das
Rotinas De Produção E No Modo De Atuar1
Fabiano José Morais da Silva2
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró, RN
RESUMO
O apresentador de telejornal vem sendo tratado com recorrência na bibliografia do telejornalismo. Essas abordagens assumiram, predominantemente, um caráter de prescrição de condutas (o que fazer ou não fazer). O presente trabalho propõe uma reflexão no que se refere as transformações que levaram o apresentador de TV da posição de simples ‘locutor de notícias’, com condutas ‘importadas’ do rádio ao ‘âncora’, que assume posições sobre o que noticia. Telejornais pioneiros servem de importante parâmetro para analisar a atuação dos apresentadores. As discussões acerca das distinções entre os papéis de âncora e apresentador a partir das funções desempenhadas pelos apresentadores no telejornal também são abordadas, permitindo entender como esse fator influenciou na mudança nas rotinas de produção e na construção da imagem dos apresentadores.
PALAVRAS-CHAVE: apresentador; telejornalismo; âncora; voz; telejornais;
UM BREVE HISTÓRICO SOBRE OS TELEJORNAIS E O FORMATO DE
APRESENTAÇÃO
O telejornalismo teve sua entrada no Brasil em setembro de 1950, coincidindo com o início da indústria da televisão. Inicialmente os programas não tinham horários definidos, diferente do modelo adotado nos Estados Unidos, base de referência para implantação do jornalismo brasileiro e que trazia do cinema a estrutura logística de produção e comercial.
Aqui, a televisão, incluindo o telejornalismo, teve como base o rádio, veículo, até então, predominante na preferência popular devido à facilidade de aquisição. Logo, o rádio passou a ‘ceder’ seus profissionais ao veículo que entrara no país. Era a