A culpa é das estrelas

Olá leitores do Sobre Livros! Eu tenho uma cicatriz na perna, e toda vez que alguém me pergunta o que ela é, eu fico sem graça. Veja bem, era um tumor benigno e já basta o temor que sinto do sol para me aterrorizar, não preciso ver os olhos arregalados e o suspiro de sinto muito. Até ler A Culpa das Estrelas eu pensava que vivia numa corda bamba: minha família tem uma incidência grande de câncer de pele. Mas agora só consigo me achar muito tola devido ao tamanho da minha sorte.

E acredito que essa é a maior qualidade de A Culpa é das Estrelas. É uma narrativa impactante e verossímil, que coloca seus pés no chão e te faz enxergar as doenças de forma holística. John Green arremessa a realidade e cabe a você interpretar de acordo com sua perspectiva. Para mim, o “João Verde” possibilitou que eu fosse mais grata. É claro que ainda vou me lambuzar de protetor solar e não tomar sol em horários de risco… mas agora sou grata de ter descoberto a possibilidade antes dela se tornar um problema. E eu tenho muita sorte por isso.

“A tristeza não nos muda, Hazel. Ela nos revela.”

John Green juntamente com seu irmão, Hank, mantém o canal no YouTube “Vlogbrothers”, que é um dos projetos de vídeo on-line mais populares do mundo. Green mora com a mulher e filho em Indianápolis, Indiana. Ele também é autor de outros grandes sucessos, como Cidade de Papel, Quem é você Alasca?, Teorema Katherine.

“Eu sou uma granada e, em algum momento, vou explodir, e gostaria de diminuir a quantidade de vítimas, tá?”
O livro acompanha a história de Hazel, uma adolescente de 16 anos que foi diagnosticada com câncer terminal. Ela tem consciência de que seu tratamento não irá curá-la, apenas dar mais tempo de vida. Com a evolução da doença, Hazel teve seus pulmões comprometidos, então precisa estar conectada ao oxigênio 24 horas por dia.

E devido as preocupações de seus pais, Hazel é orientada a participar de reuniões de um grupo de apoio, para evitar/dar suporte a depressão comum aos