A Crise Financeira Mundial e seu Impacto no mercado de Seguros
A Crise Financeira Mundial se desemcadeou no final de 2006 com a falência de algumas importantes instituições de crédito dos Estados Unidos que concediam empréstimos hipotecários de alto risco; comumente conhecidos como
“subprime”.Várias foram as instituições financeiras que se tornaram insolventes, fato que repercutiu sobre as bolsas de valores de todo o mundo. A crise foi revelada ao público a partir de fevereiro de 2007, como uma crise financeira de escala global. Uma crise grave e segundo muitos economistas, a mais grave desde 1929, com possibilidades, portanto, de transformar-se em crise sistêmica, entendida como uma interrupção da cadeia de pagamentos da economia global que iria atingir todos os setores econômicos. Um prenúncio, portanto da crise econômica de 2008.
Os empréstimos de alto risco incluíam desde empréstimos hipotecários até cartões de crédito e aluguel de carros, e eram concedidos, nos Estados Unidos, a clientes sem comprovação de renda e com histórico ruim de crédito. Essas dívidas só eram honradas, mediante sucessivas "rolagens", o que foi possível enquanto o preço dos imóveis permaneceu em alta.
Essa valorização contínua dos imóveis permitia aos mutuários obter novos empréstimos, sempre maiores, para liquidar os anteriores, em atraso, concedendo o mesmo imóvel como garantia. As taxas de juros eram pós-fixadas, ou seja, determinadas no momento do pagamento das dívidas. Quando os juros dispararam nos
Estados Unidos, com a consequente queda do preço dos imóveis, houve inadimplência em massa. Em consequencia, a partir de 2006, houve uma significativa desvalorização dos imóveis, fato que levou vários bancos a uma situação de insolvência, repercutindo fortemente sobre as bolsas de valores de todo o mundo.
Como os empréstimos “subprime” eram dificilmente liquidáveis, isso é, não geravam nenhum fluxo de caixa para os bancos que os concediam, esses bancos arquitetaram uma estratégia de securitização