Em 1973 dava-se inicio a uma grande crise que mudaria o cenário da economia mundial. Com a descoberta que o petróleo se tratava de um bem escasso e com a possibilidade do seu esgotamento a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) resolveu aumentar o preço do barril e diminuir sua quantidade ofertada, além disso, os conflitos que ocorriam entres Israel, Egito e Síria contribuíram também para que naquele mesmo período o preço do petróleo quadruplicasse. O primeiro choque do petróleo como ficou conhecido trouxe juntamente com ele uma série de problemas para os Países que eram dependentes da sua importação, inclusive o Brasil, onde houve um aumento significante no desemprego e na inflação. O valor do combustível que era importado pelo Brasil passou de US$3,29 em 1993 para US$12,80 em 1976. Tudo isso fez com que o País mergulhasse em um intenso endividamento externo. Após esse grande impacto, os países se conscientizaram que não poderiam adquirir petróleo a baixo nível de preço, começaram então a buscar novas fontes alternativas. Como meio de contorna a crise os centros de pesquisa do governo juntamente com a indústria automobilística introduziram uma nova ideia onde julgavam que o álcool seria uma fonte energética mais realizável e econômica. Em 1979 com novas elevações de preço ocorre o segundo choque do petróleo devido à revolução Iraniana. O preço do barril que até 1978 era de US$17,02 em 1979 passa a ser de US$31,61. Para se ter uma ideia o valor das exportações do País naquele período equivalia as importações do petróleo. A economia do Brasil passava por uma situação delicada de extrema pobreza e uma grande dívida externa que chegou a US$83,2 Bilhões. Em meio a esse cenário catastrófico o governo passa a incentivar a produção do álcool. O Brasil era um dos mais privilegiados para resolver seus problemas com o combustível a parti de vegetais, já que ele era o único que apresentava as mais importantes características para a produção do álcool