Crise do petróleo
A crise do petróleo foi desencadeada num contexto de déficit de oferta, com o início do processo de nacionalizações e de vários conflitos envolvendo os produtores árabes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Essa crise foi dividida em cinco fases, todas ocorridas após a Segunda Guerra Mundial. Ela teve a sua primeira fase em 1956 e, até agora, a última, em 2008
A primeira fase ocorreu em 1956, depois de o presidente do Egito, na época Gamal Nasser, nacionalizar o Canal de Suez, até então propriedade de uma empresa Anglo-Francesa. Esse canal é uma importante passagem para a exportação de produtos da região para países ocidentais, e, em virtude da crise, o canal é bloqueado e o abastecimento interrompido, levando a um aumento súbito do preço do petróleo.
A segunda fase ocorreu em 1973, como forma de protesto pelo apoio prestado pelos Estados Unidos a Israel durante a Guerra do Yom Kippur, e, tendo os países árabes organizados na OPEP, o preço do petróleo foi aumentado em mais de 300%.
A terceira fase ocorreu durante a crise política no Irã e a deposição de Xá Reza Pahlevi, algo que desorganizou todo o setor de produção no Irã, onde os preços aumentaram em mais de 1000%. Na sequência da Revolução iraniana, travou-se a Guerra Irã-Iraque, na qual foram mortos mais de um milhão de soldados de ambos os países, tendo o preço disparado pela súbita diminuição da produção de dois dos principais produtores mundiais.
A quarta fase ocorreu na Guerra do Golfo em 1991, depois que o Iraque, governado por Saddam Hussein, ter invadido seu país vizinho Kuwait, um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Com a invasão das forças militares dos EUA e seus países aliados, os iraquianos foram expulsos do