A crise de 1962/7 e o milagre econômico
O Brasil, nos anos 60 atinge um alto nível de crescimento, resultante principalmente do processo de substituição de importações e do Plano de Metas. As taxas de crescimento oscilavam entre 6,5 a 10% ao ano. Apesar do saldo positivo, o crescimento econômico era acompanhado por uma inflação igualmente elevada. Além do surto inflácionário que infundou-se na economia, outro problema do país era a necessidade de reformas instituicionais. A política econômica durante a década de 60 será praticamente fundamentada no combate inflacionário e pela tentativa de retomada e acelerarção do crescimento econômico. Uma possível interpretação para a crise se dá pela visão estagnicionista, onde se destaca o enfraquecimento ou ainda esgotamento do processo de substituição de importações, que viria a gerar inflação por conta de um excesso de demanda. A outra visão define a razão da crise como uma crise cíclica endógena, característica típica de uma economia industrial capitalista. A crise seria então resultante do fato da economia industrial brasileira ter entrado na fase de dinâmica capitalista. Essa dinâmica, por sua vez, é explicada pela inter-relação dos setores, onde a desaceleração dos investimento faz com que os demais setores econômicos fossem igualmente afetados. 2. Que aspectos políticos influenciaram a política econômica durante o período 1962-1967
O período anterior, a 1962 é marcado por grande euforia. Houve a intensificação do processo de substituição das importações resultando na elevação do PIB em torno de 6,9% ao ano, mas também seguido por um alto grau inflacionário. Apesar da euforia econômica, o quadro político refletia um cenário de ebulição. Primeiramente houve a renuncia do Presidente Jânio Quadro, a tentativa fracassada de implantar um regime parlamentarista, e uma amplitude de movimentos sindicais reinvidicando reajustes salariais defazados por conta dos