A criminalização dos movimentos sociais
I – Uma crítica à opressão O processo de civilização, urbanização e o surgimento de uma sociedade organizada e seccionada pelas questões econômicas, poder comercial, características pessoais - e também um pouco de geografia, a questão da imigração, enfim - trazem consigo diversas marcas de uma sociedade arrogante, e que se mantém alheia a qualquer evolução histórica, sociológica contemporaneamente. Outra marca desse apego ao antigo, à “mesmisse”, é a eterna busca pela “sociedade pura”, e o consequente apego ao que já está estagnado, como se o que vem de fora deste mundo metafísico (há de se dizer), não tem relevância, e que o que está estagnado se bastasse por si mesmo, sendo esse comportamento um incentivo a serviço do preconceito, da intolerância, onde não há que se respeitar ou considerar as evoluções que o país sofreu nas últimas décadas, mormente na sua sociedade. Mas o mais incrível é a perda da alteridade do ser humano, função essencial de sua existência, isto é, a sua função humana, sentimental, altruísta, com uma cisão (que também é metafísica) entre “o que é bom” e “o que é ruim”, como se o ser humano não fosse um ser livre, e além dessa cisão, o que demonstra mais claramente a arrogância do indivíduo, é a desvalorização das características que se revelam estranhas ao outro. Claramente constata-se que uma das razões, e por que não dizer a principal razão desta “desatualização” que o povo brasileiro sofre atualmente, é a falta de respeito direcionada aos movimentos sociais, pois estes é que irão permitir que as transformações ocorrão de