A criação - Resenha
Resenha Crítica: “A Criação”
O filme “A Criação” mostra as crises que Charles Darwin teve durante a redação de seu livro “A Origem das Espécies”. Durante todo o filme podemos perceber a divisão básica entre ciência e religião.
Após a morte de sua pequena Annie, Charles passa por várias crises existenciais. Emma, sua esposa, se apega ainda mais à religião, que a fortalece, já que ela acredita que sua filha está a salvo, e um dia poderá vê-la novamente. Mas Charles, não. Ele passa os seus dias projetando a filha em sua memória, e conversando com ela, afastando-se cada vez mais de sua esposa, e de seus outros filhos. Nas conversas com Annie, ela pressiona seu pai a escrever o livro. Durante muito tempo, ele acaba se questionando se sua alma estará condenada se levar seu projeto adiante, e se conseguirá passar toda a eternidade longe de sua amada esposa, e seus filhos, ou se ele deve enfrentar seus temores e ir adiante com a publicação de suas descobertas. Um exemplo de suas várias crises, é a única aparição de Huxley, marcada pela tentativa de convencer Darwin de que a publicação de sua obra assassinaria Deus.
Além de Annie, seu amigo, Hooker, se mostra outro entusiasta de que Darwin escreva logo o livro. Entretanto, ele somente volta com todo o gás para terminar sua obra quando se trata psicologicamente. Porém, antes de seu tratamento psicológico, Darwin recebe a carta de Wallace. Ele sentado em um banco no jardim lê a carta e diz que Wallace conseguiu resumir em 20 páginas o que ele vinha tentando fazer em 250 e não tinha terminado. Sendo este também um dos fatores que o fez procurar tratamento.
O livro de Darwin só é, finalmente, publicado depois de Emma lê-lo e aprová-lo.
Particularmente, acredito que as influências de Charles Darwin e Alfred Wallace, foram de uma importância histórica e científica imensurável. A partir de seus estudos e conclusões pudemos chegar aos atuais níveis de conhecimento que temos.