A corporação
Organização, Responsabilidade Social e Capitalismo: É possível agregá-los?
A influência das grandes organizações atualmente faz parte do convívio entre os seres e está presente a todo o momento em nossas vidas. Através disso, e do consumo demasiado de recursos naturais, há grande questionamento sobre a responsabilidade social nas empresas, uma vez que demonstram certa “preocupação” com os fatos sociais e, isto vem agregando credibilidade maior as suas marcas. O documentário, que se refere ao livro com título em inglês “The corporation – the pathological pursuit of a profit and Power”, de Joel Bakan, relata alguns destes conceitos de uma forma profunda e cômica, analisando mundo corporativo em que vivemos. Por meio de crimes socioambientais acontecidos ao longo do tempo, e com várias entrevistas de pessoas ligadas ao mundo das organizações, os autores fazem uma analogia das corporações como “seres”, que funcionam de acordo com uma série de regras e motivações comparando protótipos de seres ou homens comuns. Por meio dessa analogia, o “comportamento” das corporações, de tão voltado a busca pelo sucesso e realização pessoal em detrimento de qualquer dano causado a outros meios, se iguala, segundo alguns entrevistados, à psicopatia. Criadas com um objetivo único de tornar eficiente o acúmulo de capital, as corporações seguem uma dinâmica própria, que vai além das vontades individuais de seus colaboradores e executivos. Porém, mais do que criar estruturas de produção, a ideia do lucro é responsável também pelo modo como é construída a cultura corporativa e suas noções de responsabilidade social e ética. Através disso, e segundo o documentário, para a maximização dos lucros as corporações não levam em consideração as questões éticas se elas forem um empecilho para o alcance de seus objetivos. Em uma de suas analogias, o documentário trata a corporação como uma família onde seus membros trabalham pelo melhor, sendo esse, o lucro dos acionistas.