a construção social da identidade
Durante a vida, o indivíduo passa por diferentes experiências, absorvem diferentes vivências, que fazem com que modifique a sua relação com o mundo, daí o caráter processual (processo) de toda construção da identidade. Por isso é possível dizer que nunca somos, massempre estamos. Infelizmente, usamos no nosso dia-a-dia o verbo “ser” para nos definir, mas na verdade deveríamos usar o “estar”. Isso é parte do caráter do processo da identidade.
Portanto, devemos entender que a construção da identidade de uma pessoa só acaba com a sua morte. À medida que ela passa por diferentes situações (criança, jovem, adulto, filho, mãe, pai, avó, avô, aposentado, desempregado, empregado, empregador, entre outras), vai incorporando diferentes papéis e atitudes diante da vida, do mundo e de si mesma.
Ao construir sua identidade, a pessoa cria uma identidade para si e uma identidade para o outro.
Ou seja, existe a forma por meio da qual ela se vê e existe a maneira pela qual os outros a vêem. Às vezes uma coincide com a outra e em outros casos, não.
De qualquer forma, ambas se interligam, mas isso não ocorre de forma simples. Nunca é possível ter certeza de que a sua identidade para você concorda com a sua identidade para os outros.
“Todas as nossas comunicações com os outros são marcadas pela incerteza: posso tentar me colocar no lugar dos outros, tentarem adivinhar o que pensam de mim, até mesmo imaginar o que eles acham que penso deles. Não posso estar na pele deles. Eu nunca posso ter certeza de que minha identidade para mim coincide com minha identidade para o Outro. A identidade nunca é dada, ela sempre é construída e deverá ser (re)construída em uma incerteza maior ou menor e mais ou menos duradoura”.
O ser humano não é fruto só do seu olhar sobre si próprio, mas também do olhar e da compreensão dos outros sobre ele. Ele é identificado pelo outro, mas isso não significa que as pessoas devam aceitar ou que aceitem essa