relatorio exames de urina
A urina é um liquido excretado pelos rins através das vias urinárias, pelo qual são eliminadas substâncias desnecessárias ao organismo. É o produto final, resultante da excreção renal. A urina humana é composta principalmente de água (95%, em média), mas contém também ureia, ácido úrico, sal e outras substâncias, sendo expelida durante o ato de urinar. O volume, a acidez e a concentração de sais na urina são regulados por hormónios, entre os quais o hormónio antidiurético e a aldosterona, sendo que estes hormónios atuam nos rins para garantir que a água, os sais e o equilíbrio ácido-base do organismo se mantenham dentro de estreitos limites. A presença na urina de açúcar, albumina, pigmentos biliares ou quantidades anormais de algumas substâncias, incluindo as constituintes habituais, é indicador de doenças.
O exame de urina constitui um recurso laboratorial de largo emprego, sendo capaz de proporcionar informações de grande utilidade clínica, não apenas no âmbito das afecções urinárias, mas também em doenças de outros sistemas.
Glicosúria refere-se à presença de glicose na urina, e é sempre anormal. Normalmente, não se verifica a presença de glicose na urina. A glucose tem dimensões pequenas e é hidrossolúvel, pelo que a sua concentração no filtrado glomerular é igual à do plasma. Para concentrações até 180-200mg/dl (limiar renal para a glicose), toda a glucose filtrada é reabsorvida no túbulo contornado proximal. Para concentrações superiores, que ultrapassem a capacidade de reabsorção tubular, surge glicosúria: glicosúria por hiperglicémia. Em caso de lesão tubular renal proximal pode verificar-se glicosúria, mesmo com valores de glicémia normais, por incapacidade de reabsorção da glucose filtrada no glomérulo: glicosúria de causa renal. Em qualquer circunstância, a glucose, pelo seu efeito osmótico, arrasta grandes volumes de água, aumentando assim o débito urinário -poliúria- com risco de desidratação. A presença de glicose na urina pode