A construção social da deficiência
No artigo em estudo a autora Carolina Toschi Maciel faz uma análise das dificuldades encontradas pelas pessoas com necessidades especiais em serem reconhecidas como pessoas humanas com direitos e deveres como qualquer outro cidadão. A falta de acessibilidade tais como, edificações públicas com adaptações, transporte acessível, sinalizadores nas ruas, livros sem edição fonada, rótulos de mercadorias em braile e profissionais sem treinamento para o atendimento desses indivíduos, são obstáculos que dificultam a vida destes cidadãos.
O estudo visa analisar as batalhas que as pessoas com necessidades especiais enfrentam na busca pelo gozo de seus direitos. Objetiva também verificar as causas da discriminação preconceituosa que dificulta o processo de inclusão tanto do ponto de vista legal como arquitetônico.
No primeiro momento a pesquisa traz uma explicação sobre “a sociedade e a normalidade”. O conceito de “normal” está atrelado à capacidade da pessoa em ser eficiente. Sendo assim se a pessoa não é “normal”, apresenta uma deficiência e pode ser então considerada com não eficiente. Essa classificação pode ser medida pelo padrão sócio cultural em que o interlocutor está inserido e serve de parâmetro para classificar os normais como positivos e os anormais como negativos.
Alguns autores citados no artigo reforçam a ideia que tudo é avaliado seguindo um determinado padrão. Se o indivíduo estiver de acordo com esse ideal perfeito será considerado normal, quanto mais distante estiver desse padrão menos humana parecerá e consequentemente terá menos direito.
Essas crenças padronizadas e equivocadas criam barreiras às pessoas com deficiências, pois sugerem que elas não conseguem levar uma vida “normal”. Sendo assim são segregadas desde o nascimento pela própria família, com medo que a sociedade as rejeitem. É oportuno o que diz Amaral e Coelho (2006), a existência de um sistema de representações que oferece sentido e ordenação ao