A construção histórico-filosófica do conceito de infância
INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objetivo comparar os professores em sua prática educativa e como a educação infantil era abordada em diferentes épocas. Para conhecer não somente o campo educativo, mas também o convívio social das crianças, é preciso compreender a história da infância sendo necessário ter noção de como esta vem sendo construída a partir de momentos distintos e de crianças específicas.
Assim poderemos abranger o conceito de infância, apreciando os diversos tipos de características presentes nas crianças como consequência de uma respectiva forma de educação.
Os diversos rostos da infância
No século XIX, Portugal e países mais próximos eram na maioria católicos, assim apoiavam o ensino conservado na religiosidade, fazendo a educação ser um processo de aculturação, onde os indivíduos sofrem influência mútua de elementos culturais.
Acreditavam na orientação da educação familiar, publicando periodicamente fascículos com temas considerados modernos e de linguagem acessível para leitura das famílias, também confiavam na cultura para potenciar o homem e que era essencial para uma criança ter ações cotidianas repetitivas até que se tornassem espontâneas para a criação de hábitos.
No mundo moderno foi atribuída a educação características novas, como a coletividade que considera os aspectos individuais do educando como um ser infantil e como um ser humano, o profissional especialista ensina vários alunos com apoio do livro escolar, tem-se um espaço específico reservado à prática educativa, a atividade escolar torna-se obrigatória e deixa parcialmente a exclusividade que a Igreja atribuía ao ato educativo significando a liberdade de pensamento.
Julgava também que ensinar com base no catecismo eles antecipariam algo que as crianças só descobririam mais tarde contrapondo à nova pedagogia que se firmava na formação pela e para a vida prática e ao