A construção histórico-filosófica do conceito de infância
Desafio de aprendizagem da Disciplina de Fundamentos Filosóficos da Educação do Curso de Pedagogia da Universidade Anhaguera-Uniderp.
Introdução
Esse artigo tem como objetivo principal analisar a infância do ponto de vista histórico, promovendo assim, uma compreensão a cerca da mudança de paradigma no que diz respeito ao conceito de infância no decorrer da história.
Procura investir na problematização das diferentes infâncias a fim de provocar posturas críticas e reflexivas sobre a globalização da infância.
E assim, as cobranças excessivas e as novas demandas sociais, que recaem sobre os professores, se ligam à reorganização sociológica da família que, nos tempos atuais, tem transferindo para a escola responsabilidades que antes pertenciam, pressionando os docentes a assumirem diferentes e novos papéis. O conceito infância sofreu muitas alterações significativas ao longo da história, pois a infância é um fenômeno relativamente recente. Da Antiguidade à Idade Média, as crianças eram vistas como adultos e tinham as mesmas obrigações deles. Não existia separação entre os dois mundos o Infantil e o Adulto. O autor Philippe Ariès destaca o sentimento de infância na sociedade medieval:
Na sociedade medieval[...] o sentimento da infância não existia – o que não quer dizer que as crianças fossem negligenciadas, abandonadas ou desprezadas. O sentimento da infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças: corresponde à consciência da particularidade infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem. Essa consciência não existia. Por essa razão, assim que a criança tinha condições de viver sem a solicitude constante de sua mãe ou de sua ama, ela ingressava na sociedade dos adultos e não se distinguia mais destes(ARIÈS, 1978, p. 156).
No século XVII, Idade Moderna, a infância é vista como uma fase sem