A construção do espaço geográfico ao longo da história
A divisão política atual, em países, é produto das mudanças no espaço geográfico ao longo da história da humanidade. A revolução agrícola, ou Neolítica, representam o marco onde os homens abandonam a vida nômade, caracterizada pela caça e pela coleta e passam a domesticar os animais e a cultivar a terra. Esse espaço natural é transformado pelos homens através de seu trabalho. Essa sedentarização do homem, ou seja, fixação em um determinado local, resulta no surgimento dos primeiros núcleos populacionais, sociedades mais complexas, origem das cidades. A divisão do trabalho, o avanço da técnica, o surgimento das ferramentas mais sofisticadas resultaram em uma quantidade maior de excedente, provocando uma divisão do trabalho, o surgimento de uma elite administrativa e burocrática, que centraliza cada vez mais o poder. Esse processo resulta no surgimento das primeiras cidades-estado.
Essa ocupação permanente do espaço resultou em relações sociais mais complexas e estáveis, surge à propriedade privada, a elite se perpetua enquanto classe através dos reis, escribas, sacerdotes, militares. Etc. Os territórios das cidades-estado tendem a se expandir, através das conquistas militares. O império Romano é o exemplo disso, pois através do poderio bélico, Roma anexou econômica, politicamente e socialmente o mundo ocidental ao mundo oriental então conhecido. Com o declínio do império romano uma nova forma de organização do espaço toma conta da Europa, os feudos, prevalecendo ao oposto do império Romano a descentralização política, tendo como base a propriedade da terra por parte da nobreza. A propriedade feudal tem sua produção voltada para o consumo interno, esse período histórico é marcado por uma forte retração comercial.
O renascimento comercial do final da idade-média resulta em grandes mudanças na organização econômica, política, cultural e social na Europa. Grandes feiras-livres de especiarias e produtos vindos do