A construção da memória através dos sentidos e percepção

A construção da memória através dos sentidos e percepção Durante todas as horas do nosso dia os órgãos dos sentidos sofrem constantes estímulos, o que torna as pessoas capazes de perceber o mundo, permitindo a elas identificarem as formas estáticas e dinâmicas do ambiente, tais como os sons, os objetos e os odores. Mas como se desenvolve esse processo na formação da memória dos indivíduos? Para compreender a atuação dos sentidos no processo de registro de memória deve-se antes entender as diferenças entre sensação e percepção. A sensação refere-se ao estímulo externo que ativa o sistema sensitivo, que está organizado em torno dos receptores sensoriais, onde o estímulo externo atua gerando nossos cinco sentidos: visão, olfato, audição, paladar e tato. A percepção é o processo de interpretação e organização das informações sensoriais: processo habilitador do reconhecimento de objetos e eventos significativos. A partir desse ponto a retenção de informações processadas depende da atenção dispensada ao evento, ou processamento empenhado e reinteração. Com uma abordagem bastante simples dos processos da memória, procuramos demonstrar o nível de associação dos diferentes processos de memória. A memória é formada a partir dos princípios de codificação, armazenagem e recuperação de informações. Essa lógica-modelo sugere que a memória é formada em três estágios: memória sensorial passageira, memória de curto prazo e memória de longo prazo ou definitiva. A memória de curto prazo é compreendida por memória de trabalho, uma concepção de memória ativa que relaciona a memória de longo prazo com a memória em processamento provenientes das sensações do ambiente externo, de modo a reafirmar as memórias já existentes sobre o evento e/ou criar novas conexões sinápticas, produzindo novos traços de memória. O cérebro humano tem a capacidade de processamento paralelo, ou seja, processa varias atividade simultaneamente. Essa característica permite o processamento automático, sem