A constituição de 1891 e os intelectuais no brasil
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
Professora: Fabiana Malha Rodrigues
Aluna: Fhaiza Andrade Raick Data: 16/12/2011
DRE: 107390287
A constituição de 1891 e os Intelectuais no Brasil
Em 1891 instaura-se a primeira constituição republicana do Brasil, contemplando a nova forma de governo estabelecida dois anos antes. As ideias de uma política republicana, ou pelo menos de preceitos que se ligam mais a essa forma de governo, nascem, contudo, bem antes de 1889, sendo formuladas, pensadas e desejadas desde os tempos da Regência.
Nesse período que se enquadra entre os anos de 1831-1840, o Brasil passa por turbulências e experiências políticas, econômicas e sociais as quais reposicionam a monarquia a um lugar desconfortável, passando a ser alvo de críticas uma vez que se mostrava incapaz de equacionar os problemas da época. É nesse período também que se tem a primeira experiência de uma política mais desafogada, mais livre das amarras do poder centralizado, fomentando o desejo federalista. Tal como mostra a passagem de Boris Fasto em História do Brasil: “Naqueles anos, esteve em jogo a unidade territorial do Brasil, e o centro do debate político foi dominado pelos temas da centralização ou descentralização do poder, do grau de autonomia das províncias e da organização das Forças Armadas.”[1]
A ascensão do Segundo Reinado, porém, consegue frear os ímpetos federalistas que se colocavam para os homens do poder (econômico e/ou político). Em 1870, o manifesto feito pelos liberais radicais, anunciava que o fim do modelo imperial era apenas uma questão de tempo. Os homens que fizeram parte do “manifesto de 1870”, são considerados como a geração modernista de 1870, membros de uma elite europeizada, em que rupturas e transformações estavam em alta, como nos mostra a tese de Venâncio.