A consequência da imobilidade nos sistemas orgânicos
Muitas desordens do aparelho locomotor acontecem pelo longo período de imobilidade no leito onde há um decréscimo na actividade física e, por conseguinte, nos efeitos benéficos que ela produz.
A imobilidade é definida como a perda da capacidade de realizar movimentos autónomos empregados no desempenho actividades de vida diária (AVDs) em decorrência da diminuição das funções motoras.
A síndrome da imobilidade é um conjunto de alterações que ocorrem no indivíduo acamado por um período prolongado.
Independente da condição inicial que motivou ao decúbito prolongado, esta síndrome evolui para problemas circulatórios, dermatológicos, respiratórios e muitas vezes psicológicos.
Muito da morbidade e mortalidade associada ao paciente restrito ao leito advém dessas complicações músculo-esqueléticas e viscerais.
Um paciente é considerado portador da síndrome da Imobilidade quando: apresenta as características do critério maior, ou seja, déficit cognitivo médio a grave, além de múltiplas contraturas.
E também apresentar pelo menos duas características do critério menor: sinais de sofrimento cutâneo ou úlcera de pressão, dificuldades na deglutição (disfagia) leve ou grave, incontinência urinária e fecal, e alterações na fala
Definição pela duração da imobilidade:
De 7 a 10 dias seja um período de repouso
De 12 a 15 dias é considerado imobilização
A partir de 15 dias é considerado decúbito de longa duração
São alguns os factores que favorecem a imobilização do paciente:
Permanência prolongada na Unidade de Cuidados Intensivos;
Restrição ao leito por doença (AVC);
Anestesia,
Aplicação de sedativos,
Bloqueios neuromusculares;
Uso de talas e faixas de restrição;
Deficiência neurológica,
Quadros de dor;
Uso de equipamento para monitorização.
Efeitos da imobilização nos sistemas orgânicos
Entenderemos melhor a síndrome de imobilidade no leito se conhecermos a biomecânica de nosso organismo.