HSCG M dulo III
3124 palavras
13 páginas
UFCD6571
TÉCNICAS DE POSICIONAMENTO,
MOBILIZAÇÃO, TRANSFERÊNCIA E
TRANSPORTE
1.
A consequência da imobilidade nos sistemas orgânicos
Quando não há a promoção da mobilidade na pessoa idosa, acontecem vários efeitos adversos, que se tornaram melhor conhecidos nos últimos cinquenta anos, embora muitos dos mecanismos fisiopatológicos não estejam totalmente esclarecidos ou permaneçam alvo de alguma controvérsia. O reconhecimento das consequências da inatividade no organismo só foi admitido em termos de estratégia de saúde a partir dos meados do século
XX.
Hoje em dia só em situações de grande instabilidade e muito pontuais é que se preconiza o repouso como coadjuvante nos processos terapêuticos.
O levante precoce, após uma situação de doença, é hoje reconhecido como essencial, para minimizar as complicações da imobilidade.
O descongestionamento, (o conjunto de alterações fisiológicas induzidas por vários sistemas orgânicos pela inatividade física) são reversíveis com o restabelecimento da atividade.
A imobilidade não se associa apenas ao repouso prolongado, os estilos de vida sedentários também condicionam os efeitos nefastos no organismo.
A inatividade resultante da inatividade crónica (sedentarismo) ou motivada por uma doença que obrigue ao repouso vai condicionar uma inevitável redução da atividade muscular que, por sua vez, leva a alterações de funcionamento de todos órgãos do corpo.
Os indivíduos mais suscetíveis de desenvolver os efeitos adversos da imobilidade são aqueles que apresentam doenças crónicas, portadores de algum tipo de deficiência e os idosos.
Para além das alterações próprias do envelhecimento, há dois fatores que contribuem de forma significativa para essa maior suscetibilidade: as múltiplas patologias frequentemente encontradas nesta faixa etária
(osteoporose, doença cardíaca, etc.) e a falta de apoio social e familiar, que contribui para um isolamento e inatividade progressivos.
Entre as pessoas idosas, a prática de exercício físico